quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Obesidade extrema pode encurtar a vida em 12 anos, diz estudo

Um estudo publicado pelo site do USA Today , e realizado por economistas da área de saúde da Reaserch Triangle Park, N.C, afirma que pessoas com obesidade extrema vivem de 3 a 12 anos menos que pessoas com peso normal. A obesidade extrema, ou mórbida - como é mais conhecida - é considerada quando uma pessoa está 45kg acima do seu peso ideal (ou seu índice de massa corpórea ultrapassa 40).

Segundo o Cirurgião Bariátrico Marcelo Maiorano, as complicações de saúde que uma pessoa pode acarretar com peso excessivo são preocupantes. "Problemas que aparecem com a obesidade extrema como diabetes tipo 2, hipertensão arterial e o aumento do colesterol no sangue, fazem com que o risco de um infarto do coração ou derrame se eleve consideravelmente. É por isso que a obesidade mórbida pode reduzir a vida de uma pessoa em até 12 anos", disse.

O estudo também apontou que cerca de 66% dos adultos que vivem nos EUA estão acima do peso ou obesos. "No Brasil, essa porcentagem é menor e chega a ser em torno de 40%." O médico também explica que as ocorrências de obesidade podem ocorrer com mais frequência em negros, quando comparado com brancos, e em mulheres quando comparadas com homens.

A Reaserch Triangle Park, N.C analisou dados de 366 mil norte-americanos e chegaram às seguintes conclusões:

- O excesso de peso foi responsável pela perda de aproximadamente 95 milhões de anos de vida nos EUA em 2008.

- Obesos não fumantes, com índice de massa corpórea em torno de 30, têm uma redução de um ano de vida ou menos.

- Os fumantes são os que pagam o preço mais alto. E os fumantes excessivos são os mais afetados. Um homem branco, de 18 anos, com peso normal e não fumante, tem uma expectativa de vida de 81 anos. Mas se ele é extremamente obeso, e fumante, a expectativa cai para 60 anos. Uma diferença de 21 anos.

Eric Finkelstein, um dos autores do estudo, afirma que estar moderadamente acima do peso não afeta muito na expectativa de vida das pessoas, pois hoje existem tratamentos para controlar problemas de saúde resultantes do sobrepeso, como alto colesterol, hipertensão e diabetes. "As pessoas precisam se preocupar com o sobrepeso quando possuem circunferência abdominal maior que 80cm, para as mulheres, e 94 cm para os homens. Essas têm risco elevado para diabetes tipo 2 e hipertensão", disse Maiorano.

Uma pesquisa adicional conduzida pela mesma instituição mostra que as maiores despesas médicas dos norte-americanos são com medicamentos para controlar a obesidade. Pessoas acima do peso tiveram um custo estimado ao país de US$147 bilhões nas contas medicas em 2008 - o dobro de uma década atrás.

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