terça-feira, 26 de maio de 2009
COMO GERAMOS O QUE SE CHAMA CÂNCER
Quando a quantidade de água desestruturada vai aumentando, porém sem atingir o limite de “estresse de quase morte” acontece o colapso, primeiro funcional e depois estrutural de vários tipos de sistemas enzimáticos e metabólicos que podem atingir diversos tipos de células, tecidos e órgãos.
O órgão mais fortemente atingido é aquele que geneticamente apresenta mais alterações(órgão de choque) – ou aquele com mais lesões provocadas por condições adversas do meio ambiente – fumo, metais tóxicos, hipoxia, hiperoxia, acidose, inflamação crônica sub e clínica, campos eletromagnéticos, alimentação insuficiente ou exagerada, excesso de proteínas da carne e outras mais. O quadro clínico dependerá do conjunto de células atingidas ou do órgão atingido, porém a causa será sempre a mesma – ÁGUA DESESTRUTURADA em maior ou menor grau , o que vai ditar a gravidade da doença, possível origem do que se chama CÂNCER.
Quando aumenta a quantidade de água desestruturada no intracelular, as células sofrem profundas modificações metabólicas, modificações das vias de sinalização, aumento progressivo da entropia que culmina na diminuição do grau de ordem-informação do sistema termodinâmico aberto, que é a célula. Na evolução deste processo o grau de ordem – informação chega a um ponto crucial e a célula atinge um nível quase não tolerável de desestruturação, um estado de “estresse de quase morte”. Aí desencadeiam-se mecanismos milenares de sobrevivência celular e as células começam a se dividir, entram em proliferação, num estado de mitose contínua, único modo de continuarem vivendo. A célula normal quando agredida coloca em ação todo potencial adquirido nos milhões de anos de planeta Terra para sobreviver. A células assim chamadas de “malignas”, são carne de nossa própria carne e portanto também usam este potencial colocando em ação todos mecanismos disponíveis de sobrevivência, ativando fatores que promovem a proliferação celular.
Um dos mecanismos que permitiu a sobrevivência do Homem no planeta foi a capacidade de regeneração e cicatrização das lesões, feridas e traumatismos.
Com o passar dos anos são descobertos mais e mais sinalizadores, transdutores e receptores relacionados com a proliferação e a diferenciação celular. São fatores intracelulares muito antigos que estão sendo descobertos somente agora com a moderna tecnologia.
Na verdade o estudo profundo das células normais revela a existência dos mesmos fatores existentes nas células ditas “malignas”, somente em estado latente, não ativo.
Todos esses fatores têm sido utilizados pelas células normais desde os primórdios de nossa existência, quando ainda éramos apenas seres unicelulares. Foram estes fatores que nos permitiram sobreviver aos extremos de temperatura, à escassez de alimentos, ao ar rarefeito, aos traumatismos, às feridas e às fraturas.
As agressões com perigo de quase morte ativam as vias de sinalização e permitem que as células se protejam e sobrevivam aos insultos e às lesões. As células doentes e que chamamos de malignas são carne da nossa própria carne que estão lutando desesperadamente para sobreviver e elas sabem muito bem colocar em ação, todas as artimanhas de sobrevivência.
Desta forma, ao atingir o estado de “estresse de quase morte” desencadeia-se os fatores de sobrevivência e as células começam a proliferar, a se proteger da apoptose e a criar novos vasos para se nutrir. Não são células malignas, ou cancerosas, são apenas células doentes lutando para sobreviver. São células transformadas que precisam de cuidados, precisam de tratamento para que retornem às suas características iniciais em um fenômeno que se chama diferenciação ou desdiferenciação celular.
As agressões fortes como a quimioterapia e a radioterapia não conseguem erradicar 100% das células em proliferação e nas que não morreram aumenta a geração de substâncias estranhas, tornando as sobreviventes, ainda mais fortes e mais resistentes a novas abordagens.
A estratégia de extermínio somente vai aguçar os mecanismos antigos de sobrevivência e as células continuarão a proliferar com maior vigor. As células em proliferação ininterrupta e desordenada formam conglomerados visíveis nos exames de imagem como tumores aos quais deu-se o nome de câncer, como se o tumor fosse a própria doença.
Na verdade o tumor visível é apenas um sinal tardio de um organismo que está doente há muito tempo e já vem sendo afetado pelo meio em que vive e principalmente pelos sentimentos de magoa profunda.
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